“Vi mamilos duros em Nova York, quando nem era Nova, apenas York.” - Tiago Iorc.
Enquanto sambava pelas tangas no carnaval do Rio em 1938, via mamilos fascistas com cheiro de cabo de guarda-chuva desfilando pelas ruas empoçadas e lamas na cueca de Getúlio Vargas. A era da ditadura chegou! Recolham seus mamilos obesos e marchemos até a capital. Viva la revolución del pézon duro, carajo!
Ao adentrar nos domínios do Momo, um forte clima festivo tomou conta e ninguém se importou com a chuva ou pelo fato de seus mamilos estarem duros e apontados para o norte. As escolas de samba começaram a desfilar. Lança-perfumes e serpentinas começaram a rolar e a polícia entrou em conflito com os manifestantes da suruba carnavalesca do subúrbio leopoldinense, que em forma de protesto fizeram uma batalha de confete contra os policiais.
Muitos policiais saíram feridos com confetes no olho, confetes na virilha e confetes nas axilas. Já os surubentos leopoldinenses adoraram apanhar de cassetete.
Naquele dia mamilos foram quebrados, rodados, assediados, fornicados e corrompidos. Alguns sentiram prazer, outros sofreram traumas, mas o importante é que, diante de tudo isso, surgiu a marchinha de carnaval do Rio de 1938 com o tema: “A ditadura do mamilo duro”.
Sim, nós temos mamilos
Mamilos para rodar e feder
Os mamilos da ditadura
São mamilos fascistas no poder
Vai para a França, tem mamilo no sutiã
Para o Japão, um mamilo anão
Pro mundo inteiro, homem ou mulher
Mamilos para quem quiser
Mamilo Paraguaio, não vai
Cheiro de suruba, não sai
Somos mamilos da periferia, se ela vier
Mamilos para quem quiser
Sim, nós temos mamilos
Mamilos para rodar e feder
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